Foto de 3 mulheres diferentes

Foto: Franz Grünewald. Direção de Arte: Marta Pucci.

Tempo de leitura: 16 min

Como os diferentes tipos de anticoncepcionais hormonais afetam sua saúde mental

Confira uma análise detalhada dos estudos recentes sobre o impacto que os contraceptivos hormonais podem ter no seu humor e na sua saúde mental.

*Tradução: Mariana Rezende

Coisas importantes a saber:

  • Alterações hormonais podem ser um fator de risco para depressão

  • Os anticoncepcionais hormonais podem aumentar o risco de diagnóstico de depressão, mas os efeitos sobre o humor são mistos e variam de acordo com o tipo de contraceptivo

  • Para pessoas que têm depressão, os contraceptivos hormonais não estão associados ao agravamento dos sintomas

O que você já pode ter ouvido

Você pode ter ouvido pessoas dizerem que anticoncepcionais hormonais afetaram negativamente seu humor, fazendo com que se sentissem deprimidas, ansiosas ou irritadas. Você também pode ter ouvido que anticoncepcionais hormonais melhoraram seu humor, fazendo com que se sentissem mais calmas ou estáveis. É claro que o corpo – e o cérebro – de cada pessoa são únicos e suas reações aos anticoncepcionais hormonais podem ser diferentes.

Os anticoncepcionais hormonais apresentam-se em várias formas, incluindo o implante, o dispositivo intrauterino (DIU), a injeção, a pílula, o adesivo e o anel. Os anticoncepcionais à base de progestina contêm somente progestina, uma forma sintética do hormônio produzido naturalmente no corpo, a progesterona. Anticoncepcionais combinados contêm progestina e uma forma de estrogênio.

Diversos estudos de grande porte exploraram se há uma conexão entre diferentes tipos e formulações de contraceptivos hormonais e alterações no humor ou na saúde mental, com alguns resultados conflitantes.

Um estudo de 2016 com mais de um milhão de mulheres na Dinamarca apresentou a possível conexão entre anticoncepcionais e saúde mental para um público mais amplo (1). Este estudo analisou prontuários de saúde em todo o país e mostrou que mulheres que usavam métodos anticoncepcionais hormonais tinham maior probabilidade de serem diagnosticadas ou tratadas para depressão (1).

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Dois grandes estudos nos Estados Unidos e na Finlândia mostraram algo diferente. Nestes estudos, pessoas que usam anticoncepcionais hormonais de qualquer tipo relataram menos sintomas de depressão e ansiedade (2, 3).

O que isso significa na hora de escolher o tipo de anticoncepcional certo para você? É importante considerar os efeitos que os anticoncepcionais podem ter sobre seu humor ou sua saúde mental. Vamos nos aprofundar no que sabemos e no que não sabemos sobre os diferentes métodos anticoncepcionais e o impacto que eles têm no humor e na saúde mental.

Como os hormônios impactam sua saúde mental

Há motivos para acreditar que os hormônios desempenham um papel na depressão. As mulheres têm cerca de duas vezes mais probabilidade do que os homens de sofrer de depressão – uma diferença que começa durante a puberdade (4). Um pequeno estudo mostrou que pessoas com depressão tinham níveis mais baixos de estrogênio durante a fase folicular (período em que os níveis de estrogênio normalmente aumentam entre o início de uma menstruação e a ovulação) (5). Mudanças nos níveis de estrogênio podem explicar porque algumas pessoas apresentam sintomas depressivos com mais frequência na fase pré-menstrual, pós-parto e pré-menopausa (6).

Os anticoncepcionais hormonais podem alterar o nível natural dos hormônios no seu corpo e possivelmente causar mudanças na sua saúde mental.

Fatores ambientais e sociais provavelmente também afetam o risco de depressão (7). Um histórico familiar de transtornos de humor ou psiquiátricos, adversidades na infância, eventos estressantes da vida e isolamento social aumentam a probabilidade de que uma pessoa seja diagnosticada com depressão significativa (4).

Por que é difícil mensurar o impacto hormonal no humor?

Estudos sobre contracepção hormonal e efeitos sobre o humor tiveram resultados inconsistentes. Parte dessa inconsistência pode existir porque os estudos são concebidos e realizados de maneira diferente e têm maneiras diferentes de medir alterações de humor e saúde mental (8).

Existem poucos ensaios clínicos randomizados sobre o assunto, o que envolve selecionar um grupo de pessoas e distribuir anticoncepcionais aleatoriamente. A maioria dos estudos feitos sobre humor e anticoncepcionais hormonais é baseada em grupos de pessoas que escolheram por si mesmas qual tipo de contraceptivo queriam usar. Isso deixa em aberto a possibilidade de que os resultados do estudo não estejam relacionados ao anticoncepcional em si, mas a algum outro fator que levaria as pessoas a escolherem o método específico (9). Alguns estudos tentam levar em conta fatores pessoais, familiares ou sociais que podem aumentar o risco de depressão, mas isso pode ser complexo.

As pesquisas variam na forma como medem alterações de humor e saúde mental. Alguns estudos examinam o histórico médico para ver se as pessoas que usam métodos anticoncepcionais hormonais têm maior probabilidade de serem diagnosticadas com depressão ou se já tomaram algum antidepressivo. Alguns estudos pedem que as pessoas respondam perguntas sobre sintomas de depressão ou ansiedade e comparem resultados antes e depois de usarem anticoncepcionais hormonais ou entre grupos de pessoas que tomam anticoncepcionais. Outros estudos baseiam-se na experiência subjetiva das pessoas e se sintomas como depressão ou alterações de humor são relatados como efeitos colaterais. Esses resultados variados podem dificultar a comparação de estudos.

Os resultados do estudo são frequentemente relatados como a média do grupo de participantes e não levam em consideração a experiência individual. Mesmo em um estudo que conclui que anticoncepcionais hormonais não afetam o humor, haverá um pequeno número de pessoas no estudo que terão melhora ou piora do humor (8).

Veja o que dizem as pesquisas sobre cada tipo de anticoncepcional

Implante

O implante é um método contraceptivo à base de progestina. Há um implante de haste única contendo a progestina etonogestrel e um implante de haste dupla contendo levonorgestrel (10).

No grande estudo dinamarquês mencionado anteriormente, as usuárias do implante eram mais propensas a receber prescrição de antidepressivos pela primeira vez do que as que não os estavam usando, mas a taxa de diagnóstico de depressão entre as usuárias de implante não foi relatada no estudo (1). Este estudo não especifica quais implantes as pessoas estavam usando.

Pessoas que usaram o implante de etonogestrel em um grande estudo sueco tinham maior probabilidade de receber prescrição de um antidepressivo, particularmente adolescentes (11). O mesmo estudo demonstrou um aumento no risco de prescrição de antidepressivos entre pessoas que usam métodos exclusivamente à base de levonorgestrel, como o DIU hormonal e o implante (11).

Em um estudo com pessoas que usaram o implante de etonogestrel por até dois anos, 14% relataram alterações de humor e 7% relataram depressão atribuída ao implante (12).

A principal conclusão: o implante pode aumentar a chance de tratamento para depressão, mas mais estudos são necessários para entender se as usuárias de implante relatam alterações de humor durante o uso.

DIU hormonal

O DIU hormonal é um método à base de progestina que contém levonorgestrel (10).

No estudo dinamarquês, as pessoas que usam DIU hormonal tinham maior probabilidade de serem diagnosticadas com depressão e prescrição de algum antidepressivos pela primeira vez do que as pessoas que não o usavam (1). O risco de diagnóstico de depressão e prescrição de antidepressivos foi maior para adolescentes usuárias de DIU hormonal do que para as adultas do estudo (1).

O estudo sueco mostrou um aumento no risco de prescrição de antidepressivos entre pessoas que usam um método anticoncepcional somente à base de levonorgestrel, como o DIU hormonal e o implante (11).

Por outro lado, um grande estudo finlandês mostrou que as pessoas que usam o DIU hormonal têm a mesma probabilidade de apresentar sintomas de depressão ou ansiedade do que as pessoas que não usam esse método (3).

Dois estudos com pessoas que receberam o DIU hormonal para tratar fluxos menstruais intensos mostraram que os índices de depressão permaneceram iguais ou melhoraram, mas isso pode ser devido a uma melhora na qualidade de vida quando menstruações intensas se tornam mais controláveis (13, 14).

A principal conclusão: O DIU hormonal pode aumentar a chance de diagnóstico ou tratamento para depressão, mas não parece ter um efeito negativo sobre o humor quando usuárias do DIU hormonal relatam sintomas.

A injeção

Existem vários tipos de injeções anticoncepcionais disponíveis. Todos os estudos mencionados nesta seção envolvem a injeção à base de progestina contendo acetato de medroxiprogesterona (10).

O estudo dinamarquês demonstrou que as usuárias da injeção eram mais propensas a receber prescrição de antidepressivos pela primeira vez do que as que não os estavam usando, mas a taxa de diagnóstico de depressão entre as usuárias de injeção não foi relatada no estudo (1). No estudo sueco, pessoas que usavam injeções tinham maior probabilidade de receber prescrição para antidepressivos (11).

Um estudo com 183 pessoas que usaram a injeção por até três anos mostrou que elas eram mais propensas a relatar sintomas de depressão em comparação com pessoas que usavam outro método anticoncepcional ou nenhum método (15). Pessoas que pararam de usar a injeção durante o estudo relataram sintomas de depressão em taxas mais altas, que diminuíram após a interrupção (15). No entanto, é importante observar que pessoas que usavam a injeção neste estudo também eram mais propensas a relatar sintomas de depressão antes de começar a usar a injeção (15).

Um estudo acompanhou quase 400 pessoas que usavam a injeção por um ano (16). Entre as 170 pessoas que continuaram usando a injeção por um ano, houve redução dos sintomas depressivos desde o início (16). Entre as 218 pessoas que pararam de usar a injeção durante o estudo de um ano, não houve mudança nos sintomas de depressão (16).

Adolescentes que usam a injeção não parecem ter maior risco de depressão, com base em três pequenos estudos (9).

Em um estudo de dois anos, as pessoas que usam a injeção foram menos propensas a relatar mudanças de humor em comparação com as pessoas que não usavam contracepção hormonal (17).

A principal conclusão: a injeção pode aumentar as chances de tratamento para depressão, mas os resultados são mistos quando as pessoas relatam sintomas de humor durante a toma – o humor de algumas delas podem ter melhorado, enquanto o de outras piorou.

Pílula

Os anticoncepcionais orais combinados (AOCs) são pílulas que contêm estrogênio sintético – geralmente na forma de etinilestradiol – e progesterona (10).

No estudo dinamarquês, as pessoas que usam AOCs tinham maior probabilidade de serem diagnosticadas com depressão e prescrição de algum antidepressivos pela primeira vez do que as pessoas que não os usavam (1).

O grande estudo sueco avaliou a probabilidade de uma pessoa receber prescrição de um medicamento antidepressivo enquanto toma diferentes formulações da pílula anticoncepcional. O estudo descobriu que as pessoas de 16 a 31 anos tinham maior probabilidade de receber prescrição de um antidepressivo ao tomar pílulas anticoncepcionais contendo a combinação etinilestradiol/linestrenol e etinilestradiol/drospirenona (11). Pessoas que usam pílulas contendo etinilestradiol/noretindrona, etinilestradiol/levonorgestrel e etinilestradiol/desogestrel têm menor probabilidade de receber prescrição de um antidepressivo (11). Pessoas que tomam etinilestradiol/norgestimato têm a mesma probabilidade de receber prescrição de um antidepressivo, assim como as que não tomam anticoncepcionais hormonais (11).

Diversos estudos descobriram que as pessoas que tomam pílulas anticoncepcionais não são mais propensas a relatar sintomas de depressão (3, 18, 19), embora um desses estudos tenha mostrado uma diminuição no bem-estar geral entre as que tomam pílulas (18). Outro mostrou que pessoas que usam pílulas anticoncepcionais por outros motivos que não a contracepção eram mais propensas a sofrer de depressão (19).

Um estudo descobriu que pessoas que tomam AOCs e rastreiam alterações de humor diariamente tiveram pequenos aumentos na ansiedade, irritabilidade e mudanças de humor na fase intermenstrual (aproximadamente dias do ciclo 5 à 22 em um ciclo de 28 dias), mas melhora na depressão na fase pré-menstrual (os sete dias antes do início da menstruação) em comparação com pessoas que tomam pílula de placebo (20). No final do estudo de três meses, não houve diferença nos índices de depressão entre os grupos de pílula anticoncepcional e placebo (20).

Algumas pessoas podem sentir melhora no nervosismo e alterações de humor enquanto tomam AOCs (17), mas pessoas que tiveram efeitos negativos no humor enquanto tomavam pílulas anticoncepcionais no passado podem ter maior probabilidade de apresentar sintomas de depressão e alterações de humor (21).

Adolescentes e a pílula

Adolescentes que tomavam AOCs no estudo dinamarquês tiveram um risco maior de diagnóstico de depressão e prescrição de antidepressivos do que pessoas adultas (1).

Adolescentes (de 16 a 19 anos) no estudo finlandês tinham maior probabilidade do que as pessoas que não usavam métodos anticoncepcionais hormonais de receber prescrição de um antidepressivo para cada formulação de AOC estudada (11).

Um estudo com adolescentes nos Estados Unidos que tomavam ou já tinham tomado a pílula mostrou um risco maior de incidência de depressão no passado, mas nenhum aumento no risco para depressão atual (22). Porém, quando outros fatores como idade, tabagismo, IMC, nível socioeconômico familiar e se os adolescentes eram sexualmente ativos foram considerados juntamente com o uso de pílulas anticoncepcionais, não houve aumento do risco de depressão (22).

Um pequeno estudo em que adolescentes foram aleatoriamente escolhidos para tomar AOCs contendo etinilestradiol/levonorgestrel ou placebo por três meses não mostrou diferença nos índices de depressão entre os dois grupos no final do estudo (23).

A principal conclusão: a pílula pode aumentar a chance de diagnóstico ou tratamento para depressão, mas a formulação específica da pílula pode fazer diferença. Em geral, os AOCs parecem não ter um efeito nocivo no humor, conforme relatado, mas isso pode variar entre as pessoas.

Adesivo

O adesivo é um anticoncepcional hormonal combinado contendo etinilestradiol/norelgestromina (10). Poucos estudos sobre contraceptivos e saúde mental incluem especificamente o adesivo.

No estudo dinamarquês, as pessoas que usam adesivos tinham maior probabilidade de serem diagnosticadas com depressão e prescrição de algum antidepressivos pela primeira vez do que as pessoas que não os usavam (1). O risco de diagnóstico de depressão e prescrição de antidepressivos foi maior para adolescentes que usavam o adesivo do que para as adultas do estudo (1).

O estudo sueco mostrou que as pessoas que usam o adesivo têm maior probabilidade de receber prescrição de um antidepressivo do que as pessoas que não usam anticoncepcionais hormonais (11).

A principal conclusão: o adesivo pode aumentar a chance de tratamento para depressão, mas mais estudos são necessários para determinar se as pessoas que usam o adesivo relatam alterações de humor durante o uso.

Anel vaginal

O anel é um anticoncepcional hormonal combinado contendo etinilestradiol/etonogestrel (10). Poucos estudos sobre anticoncepcionais e saúde mental incluem especificamente o anel.

No estudo dinamarquês, as pessoas que usam o anel eram mais propensas a serem diagnosticadas com depressão e receberem prescrição de antidepressivos pela primeira vez do que as pessoas que não os usavam (1). O risco de diagnóstico de depressão e prescrição de antidepressivos foi maior para adolescentes que usavam o anel do que para as adultas do estudo (1).

Estudos têm mostrado que pessoas que usam o anel podem ser menos propensas do que as que usam pílulas a relatar depressão, irritabilidade e alterações de humor como efeitos colaterais (24).

A principal conclusão: o anel pode aumentar a chance de tratamento para depressão, mas mais estudos são necessários para determinar se as pessoas que usam o anel relatam alterações de humor durante o uso.

Minipílula

Minipílulas são pílulas anticoncepcionais à base de progestina. Eles podem conter noretindrona, desogestrel, drospirenona, linestrenol ou outras formas de progestina (10).

No estudo dinamarquês, as pessoas que usam a minipílula eram mais propensas a serem diagnosticadas com depressão e receberem prescrição de antidepressivos pela primeira vez do que as pessoas que não os usavam (1). O risco de diagnóstico de depressão e prescrição de antidepressivos foi maior para adolescentes que usavam a minipílula do que para as pessoas adultas do estudo (1).

No estudo sueco, as pessoas de 16 a 31 anos que tomavam noretindrona ou minipílulas de linestrenol tinham a mesma probabilidade de receberem prescrições para um antidepressivo que pessoas que não tomavam anticoncepcionais hormonais, embora adolescentes (16 a 19 anos) que tomavam minipílulas de noretindrona tinham maior probabilidade de receber prescrições para antidepressivos (11). Pessoas que tomam a pílula somente à base de progestina contendo desogestrel têm maior probabilidade de receber prescrição para antidepressivos (11).

A principal conclusão: a minipílula pode aumentar a chance de diagnóstico ou tratamento para depressão, mas a formulação específica pode fazer diferença. São necessários estudos para verificar se as pessoas que tomam minipílulas notam mudanças de humor ao usá-la.

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E se você já tem depressão?

Atualmente, as diretrizes do Center for Disease Control (CDC) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) não impõem restrições ao uso de qualquer tipo de contraceptivo para pessoas com depressão (25, 26). O uso de anticoncepcional hormonal combinado, DIU hormonal, implante e injeção não está associado à piora dos sintomas em pessoas com depressão ou transtorno bipolar (27, 28). Na realidade, um estudo mostrou menos sintomas depressivos entre pessoas que tomam anticoncepcionais hormonais combinados em comparação com pessoas que não usam métodos hormonais (27).

Não se acredita que haja qualquer interação entre os ISRS (inibidores seletivos da recaptação da serotonina), que são comumente prescritos para a depressão, e a contracepção hormonal (29). O CDC não impõe restrições ao uso de qualquer anticoncepcional hormonal para pessoas que tomam ISRS (25).

Outros suplementos e medicamentos usados para a depressão, como antidepressivos tricíclicos, bupropiona e erva de São João podem interagir com a contracepção hormonal (25, 29).

É importante falar com profissionais de saúde sobre os suplementos e medicamentos que você está tomando e se há possíveis interações com os anticoncepcionais hormonais.

TPM e TDPM

Os AOCs são um tratamento recomendado para a síndrome pré-menstrual (TPM) e transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM) (30). Os AOCs contínuos (cartelas de pílulas sem pausa) podem ser uma escolha particularmente boa para pessoas com TDPM para evitar flutuações nos hormônios (31).

Transtornos de humor pós-parto

Mais pesquisas são necessárias para compreender melhor o impacto da contracepção hormonal sobre o risco de depressão pós-parto, ansiedade pós-parto e outros transtornos de humor pós-parto. A amamentação pode afetar o tipo de anticoncepcional hormonal que uma pessoa toma, bem como seu risco de depressão pós-parto, independentemente do uso de anticoncepcional.

Um estudo com mais de 16.000 pessoas que deram à luz dois a oito meses antes não mostrou nenhuma relação entre os sintomas de depressão e o uso de qualquer método anticoncepcional (32).

Um estudo não mostrou aumento no risco para um diagnóstico de depressão entre pessoas que deram à luz nos últimos 12 meses e estavam usando o implante ou anel, mas essas pessoas eram mais propensas a receber prescrição de um antidepressivo do que as pessoas que não usam um método anticoncepcional hormonal (33). O uso de AOCs não alterou o risco de diagnóstico de depressão no período pós-parto (33). Pessoas que usavam a minipílula contendo noretindrona e o DIU hormonal eram menos propensas a ter um diagnóstico de depressão pós-parto (33).

Dois estudos com pessoas que usaram a injeção logo após o parto não mostraram aumento na depressão com base em pesquisas autorrelatadas (34). No entanto, esses estudos só acompanharam pessoas que usaram a injeção por até três meses após o parto, enquanto a depressão pós-parto pode acontecer até 12 meses após o parto.

Escolhendo um método

Se você está pensando em começar a tomar anticoncepcionais ou já está usando algum método, converse com profissionais de saúde sobre qualquer preocupação que você tenha sobre sua saúde mental. Os profissionais podem ajudar você a decidir qual o melhor contraceptivo para você ou se você deve tentar um novo método.

Usar o Clue para monitorar suas emoções ao iniciar um novo anticoncepcional pode ajudar você a identificar mudanças.

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