Ilustração: Marta Pucci

Tempo de leitura: 4 min

Como posso saber se tenho uma infecção sexual (IST)?

E o que acontece se as infecções não forem tratadas?

Diariamente, mais de um milhão de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) são adquiridas em todo o mundo (1). Embora as infecções sejam comuns, o conhecimento sobre elas talvez não seja. Você sabia que a maioria das ISTs não apresenta sintomas, ou apresenta apenas sintomas leves, e pode não ser reconhecida (2)? Ou que algumas infecções, como o vírus herpes simplex tipo 2 (que pode causar herpes genital) e a sífilis, aumentam o risco de contrair outras ISTs, como o vírus da imunodeficiência humana (HIV) (2)?

Conhecer algumas noções básicas sobre ISTs pode mudar a maneira como você toma precauções em relação ao sexo.

Do que estamos falando quando falamos de infecções sexuais?

As ISTs são um grupo versátil de infecções que inclui mais de 30 bactérias, vírus e parasitas diferentes (2). Tais infecções são transmitidas principalmente por meio de contato sexual (incluindo todas as diferentes formas de sexo), mas algumas das mesmas infecções também podem ser transmitidas de forma não sexual, por exemplo, por meio de sangue (como transfusões ou agulhas compartilhadas), durante o parto e durante a gravidez por meio da placenta.

Leia mais sobre quais infecções podem ser transmitidas por diferentes tipos de sexo aqui.

As infecções curáveis mais comuns incluem sífilis, gonorreia, clamídia e tricomoníase, que podem ser tratadas com diferentes antibióticos (2). As quatro ISTs incuráveis mais comuns são todos vírus: HIV, hepatite B, papilomavírus humano (HPV) e herpes. Embora atualmente não exista uma terapia para eliminar esses patógenos virais do corpo, existem certas estratégias para reduzir ou modificar os sintomas. Converse com profissionais de saúde se tiver dúvidas sobre quais tratamentos podem ser melhores para você.

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Como você pode saber se tem uma infecção sexual?

Os sintomas e a progressão das ISTs diferem de acordo com o tipo de infecção, mas alguns sintomas comuns são: corrimento vaginal, corrimento uretral, feridas genitais ou dor no abdômen (2). As infecções sexuais podem não causar sintomas (ou causar apenas sintomas leves), portanto, é importante fazer o teste se você estiver em risco de infecção (2,3).

Uma pessoa pode ser infectada por uma IST por um longo período sem apresentar nenhum sintoma. Sem exames de rotina, as infecções podem não ser tratadas, levando a complicações de saúde e à transmissão para novos parceiros sexuais.

Confiar em uma pessoa não testada para dizer a você se há uma ISTs também significa confiar em todos os seus ex-parceiros e parceiras não testados e em todos os ex-parceiros e parceiras não testados de seus ex-parceiros e parceiras e assim por diante.…

O que acontece se as infecções sexuais não forem tratadas?

Além da disseminação contínua para novos parceiros, as infecções não tratadas podem causar problemas de saúde.

A gonorreia e a clamídia, por exemplo, são as principais causas de infertilidade (1) e podem levar a um risco maior de gravidez extrauterina (ou ectópica) (4, 5). A sífilis durante a gravidez aumenta o risco de natimorto e morte do recém-nascido (6, 7).

As ISTs também podem causar danos a órgãos não reprodutivos. A sífilis pode danificar os olhos, o cérebro e o sistema nervoso (7). A clamídia pode causar inflamação do revestimento do fígado, e a gonorreia pode afetar as articulações e a pele (8, 9). Em alguns casos, como na síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), o HIV não tratado pode ser fatal (10). O HPV pode causar câncer cervical, bem como cânceres de vulva, vagina, pênis, ânus e garganta (11).

O que posso fazer para me proteger?

  • Entenda seu risco de infecção aprendendo sobre os conceitos básicos das ISTs (12).

  • Converse com parceiros e parceiras sobre como vocês estarão seguros(as) juntos(as) (13). Você planeja uma relação monogâmica? Vocês fizeram exames de ISTs recentemente?

  • Use um método de barreira (como preservativos) para diminuir o risco de infecção, principalmente com parceiros(as) sexuais novos(as) ou não testados(as) (2,13). Alguns exemplos de barreiras incluem preservativos externos e internos, barragens dentárias e luvas. Elas devem ser consideradas quando você toca os órgãos genitais de alguém ou compartilha brinquedos sexuais.

  • Faça exames regulares de ISTs e refaça o teste após novos(as) parceiros(as) sexuais para minimizar o risco de deixar qualquer infecção sem tratamento (13).

  • Tome PrEP (profilaxia pré-exposição) se você tiver um risco maior de contrair HIV (14). A PrEP é um medicamento que você toma diariamente para prevenir a infecção pelo HIV (15).

  • Vacine-se. Há vacinas disponíveis para prevenir a hepatite B e nove cepas de HPV (12).

  • Prepare-se bem sempre! Vários estudos mostraram que as pessoas podem ter certeza de que não farão sexo sem um método de barreira, mas mudam de ideia no momento (16, 17). Pode ser útil ter métodos de barreira à mão e um bom entendimento de como usá-los (é preciso prática e experiência). Minimize as chances de evitar o uso de preservativos no calor do momento.

Saiba mais sobre como se proteger das ISTs aqui.

Artigo publicado originalmente em 5 de abril de 2017.

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